VALENTINA * LOXY

quinta-feira, abril 01, 2004



agora so me resta aguardar de 13 a 21 dias.

quarta-feira, março 24, 2004

Quem nunca teve um dia de cão que atire a primeira pedra...

segunda-feira, março 22, 2004

Conclusões filosóficas, psíquicas e materialistas do fim de semana:

1 - Nunca alugue nenhum filme sugerido por um desconhecido dentro de uma vídeo-locadora.
2 - Pessoas que cursam faculdade de medicina são realmente seres estranhos.
3 - Qualquer vegetariano deve pensar muito antes de ir a uma churrascaria, mesmo que essa seja a única opção de programa para o sábado à noite.
4 - Pior que um garçom estúpido são dois garçons estúpidos.
5 - Eu sei muito bem como implicar com uma pessoa.
6 - Minha TPM está bastante adiantada esse mês.
7 - Pepsi twist é muito melhor que Coca Cola lemon.
8 - Peanuts: The art of Charles Schulz, melhor compra dos últimos tempos.

sexta-feira, março 12, 2004

Historinha do Mundo Parte II.

Depois dos atentados de 11 de setembro, todos sabem o mundo não foi mais o mesmo até porque Mr.Bush precisava deixar sua marca.
Por razões que até a própria razão desconhece o danadinho resolveu atacar o Iraque, isso depois de ter atacado o Afeganistão e ter deixado uma "cagadinha mal resolvida" no país, para tal tarefa contou com ajuda de seu antigo amiguinho e fiel escudeiro Sir. Tony Bler.
E não é que teve gente que caiu na história das armas químicas: Espanha, Japão, Itália (eta povinho besta), bajular o Mr. Bush pode ser bastante rentável, só esqueceram de que tudo na vida tem o seu preço.
O que aconteceu depois? Invadiram o Iraque, mataram muita gente e prenderam o Saddan, o doido do buraco. Depois disso, eu assistindo a tudo pela minha tv, vi os dois com cara de cachorro molhado dizendo em entrevista que haviam aumentado um pouco toda a história. O mundo estava perdido!
Com mais uma "cagadinha mal resolvida" agora a iraquiana, tudo seguia tranqüilo quando em 11 de maio de 2004 a coisa explode novamente, dessa vez dentro de um trem em Madrid, nossa que super coincidência heim! E agora Mr. Bush e seus amiguinhos estão assustados.
Culpa de quem? Da Al Quaeda ou do ETA (os separatistas malvadões)?
Eu tenho a resposta porque é tudo muito óbvio eu não sei quem foi, mas a culpa é toda do Isaac Newton claro, o safado da lei da ação e reação!!!
E digo mais, melhor seria se abolíssemos os dias 11 dos calendários.
Poderemos assim ser poupados do melodrama que essa história toda vai virar.


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"TODA AÇÃO TEM UMA REAÇÃO IGUAL E CONTRÁRIA

Este chavão, usado por inúmeros professores, alunos e até mesmo em anúncios de televisão é uma tentativa frustrada para tentar enunciar a 3ª lei de Newton.

"Para toda ação ... NÃO há uma reação igual e oposta"

Sir Isaac Newton publicou suas leis de movimento originalmente em latim. Na tradução para o inglês (muito anterior à primeira tradução do inglês para o português), a palavra "ação" era utilizada com um significado diferente daquele que adotamos hoje. Ela não foi usada para sugerir movimento ou uma conseqüência; ao invés disso foi usada para dar o significado de "uma atuação sobre algo" ("an acting upon"). Era usada da mesma forma que a palavra força é usada hoje. É assim que deve ser interpretada a 3ª lei de Newton:

"para toda força aplicada, uma outra força igual e oposta sempre aparecerá".

A palavra igual, refere-se à intensidade da nova força que surge e a palavra oposta refere-se ao fato de que esta nova força deverá ter a mesma direção e sentido contrário ao da força original."

texto retirado do site: www.feiradeciencias.com.br

domingo, março 07, 2004

Filmes do Final de Semana.

Tiros em Colombine (Bowling for Colombine) EUA/ALE/CAN 2002 direção: Michael Moore
O Hotel de Um Milhão de Dólares (The Million Dollar Hotel) Alemanhã 2000 direção: Win Wenders
Retratos de uma obsessão (One Hour Photo) EUA 2002 direção: Mark Romanek
As Horas (the Hours) EUA 2003 direção: Stephen Daldry
A Cartada Final (The Score) EUA 2001 direção: Frank Oz

Depois eu comento sobre os filmes, porque agora estou com cólica.

sábado, março 06, 2004

JEAN-PIERRE JEUNET vient d'achever le tournage d' "Un Long Dimanche de Fiançailles", adapté du roman de Sébastien Japrisot. Audrey Tautou y incarne le personnage de Mathilde, une jeune femme déterminée à résoudre les énigmes qui entourent la disparition de son amant, Manech (Gaspard Ulliel), disparu sur le front de la Somme en janvier 1917. Le film sera produit en France par Warner Bros

Accompagnée par son oncle Sylvain (Dominique Pinon), elle se lance dans la quête difficile de la vérité, suivant avec intérêt les pérégrinations de Germain Pire, un détective privé dévoué, incarné par Ticky Holgado.

Le film sortira sur les écrans français le 27 octobre 2004.

jean pierre jeunet site


sexta-feira, março 05, 2004

O MELHOR DO LAERTE

o gato e a gata





www.laerte.com.br

terça-feira, junho 24, 2003

Dois livros que não tenho desgrudado nesses últimos tempos:
Conceitos da arte moderna, uma coletânea de textos escritos por grandes historiadores e críticos de arte e organizados por Nikos Stangos. Os ensaios vão do fauvismo até a arte conceitual, retratando muito bem todas as grandes e importantes vanguardas artísticas do início do século XX.
Dicionário de Símbolos ( Jean Chevalier/Alain Gheerbrant): referencia obrigatória para quem trabalha com textos, artes, desenho e afins.

Um dos verbetes que mais gosto:
“Abracadabra
Esta fórmula foi utilizada durante toda a Idade Média. Bastaria usar em torno do pescoço esta espécie de filactério, escrito na disposição triangular, para conjurar diversas doenças e curar a febre.

ABRACADABRA
ABRACADABR
ABRACADAB
ABRACADA
ABRACAD
ABRACA
ABRAC
ABRA
ABR
AB
A


Essa palavra viria da expressão hebraica abreg ad hàbra que significa: arremessa teu raio até a morte...”.


domingo, junho 22, 2003

Feriado na fazenda: dormi mais do que devia e trabalhei muito menos do que o programado, de dia um solzinho bom e a noite frio de 8 graus.
No sábado fui até Tiradentes, confesso que fiquei um pouco apreensiva, até pouco tempo a cidade tinha um sentido especial e não sabia como iria reagir, às lembranças aflorando por todos os cantos.
Para minha surpresa foi tudo super tranquilo, sem nostalgias baratas nem melancolias desnecessárias. A cidade não mudou muito nesses últimos dois anos e foi uma tarde quente de fotografia, sorvete e muita conversa “jogada fora”.
Tiradentes sempre estará marcada na minha história. Recordação de momentos felizes e alegres, que certamente eu preferia não ter vivido. Enfim...
E hoje eu me pergunto, por onde andará Wally?

quarta-feira, junho 18, 2003


"Os happenings introduziram na arte um elemento que ninguém tinha colocado: o aborrecimento. Na pintura não se pode representar o aborrecimento. Fazer uma coisa para aborrecer as pessoas que estão a ver, nunca tinha pensado nisso! E é uma pena porque é uma bela idéia. No fundo, é a mesma idéia do silêncio de John Cage, em música; ninguém tinha pensado nisso."
Marcel Duchamp

domingo, junho 08, 2003

Domingo Clássico.
Hoje foi um domingo típico: acordar um pouco mais tarde, dar banho no cachorro, lavar o carro, assistir um bom filme e no final da tarde um programa legal.
Show de jazz na rua: muita gente e som baixo. Encontrar amigos queridos, jogar conversa fora e rir muito.

Filmes do final de semana:
Cubo 2: Hipercubo.
Irmãos Marx - A Casa Maluca
O Fantasma da Liberdade
O Quarto do Filho
Rosalie vai às compras

Televisão Lixo
Sou capaz de passar horas e horas assistindo a programas de demonstração de produtos, novelas mexicanas, canais de venda pela tv (shoptime, mega shop, tv balcão) e ainda consigo me divertir.
Acontece que ultimamente tenho me preocupado, visto que tenho perdido um tempo enorme com cultura tão inútil.

Sentei em frente à tv, conferi as horas no relógio a fim de verificar se o programa já havia começado, ainda faltavam duas horas, mas eu queria garantir que assistiria do início ao fim, então fiquei vendo outras coisas, noite chata e tediosa não havia nada pra fazer.
Já havia passado um bom tempo quando:
“Não acredito, estou a quarenta minutos aqui, esperando para ver Medalhão Persa, será que isso é normal?”.
Depois comecei a perceber que todos os dias eram assim, corria ansiosa pra frente da tv, sempre no mesmo horário e não saia de lá enquanto não acabasse o maldito programa, pensei até em deixar gravando alguns dias para poder assistir em outros horários ou poder gravar todos da semana e fazer uma “overdose” de Medalhão Persa assistindo tudo em um dia só, eu estava viciada.

Fazendo uma pequena análise do meu histórico como telespectadora vejo que meu problema vem desde a infância: Chispita (um clássico mexicano), ZY Bem Bom, (ainda me lembro da maldita música de abertura) e carrossel entre tantos outros comprovam que meu cérebro desde cedo foi bombardeado com todo o lixo da televisão.

Medalhão Persa é um programa de venda de jóias pela tv e passa todos os dias no canal 35 da Net (tv paga), eu não recomendo, as jóias são bregas e caras, e a apresentadora tem um sotaque lastimável e usa como bordão a pérola: “aqui só tem alegria, alegria de viver”.


terça-feira, junho 03, 2003

Eu sou do tipo que quando sei que vou ter uma conversa dessas difíceis, passo muito tempo pensando no que falar: penso nos argumentos, nas formas “delicadas” de se dizer boas verdades e sou capaz de passar horas e horas planejando todo o diálogo.
A verdade é que na hora H eu não falo nada do que pensei, me deixo levar por argumentos banais, por vozes emotivas e melancólicas e o racional o lógico e o ideal vai para o espaço em questão de minutos, um fracasso total.

Esse final de semana nada de útil, uma Tpm devastadora e dois filmes que poderiam resumir muito bem meu estado de espírito.
Pulp Fiction
Um Drink No Inferno

Brilhos labiais, minha obsessão consumista no momento.

quarta-feira, maio 28, 2003

Diálogos:

-Amanhã vou voltar lá na loja pra reclamar, me venderam essa cola e ela veio vazia!
- Que cola, pega lá para eu ver? Tem que reclamar mesmo.
- Essa cola aqui, “James Bond”.
- Vó, a cola chama Super Bond e não está vazia ela é transparente.
- Ah que bom! Foi o que eu falei, “James Bond”.

- Nossa essa atriz tá ganhando uma nota preta!
- Que atriz?
- Essa aqui que tá na capa da revista “Cheques famosos”.
- É Chiques e Famosos vó.
- Ah então, ela tá ganhando uma nota preta.


terça-feira, maio 27, 2003


Cannes 2003
O festival acabou, premiação anunciada e Lars Von Trier (Os Idiotas/ 1998 e Dançando No Escuro/2000) que era um forte candidato à Palma de Ouro com o filme Dogville (estrelado por Nicole Kidman) não levou.
Lars Von Trier foi uns dos precursores do Dogma 95 que possui regras rígidas de filmagem:

1)filmar em locação, sem cenários artificiais;
2)utilizar som direto, sem trilha sonora;
3)câmera no ombro;
4)filmar em cores, e sem iluminação artificial;
5)trucagens e filtros são proibidos;
6)não utilizar nenhuma ação superficial, como assassinato e armas;
7)proibidas referências temporais ou geográficas;
8)proibidos os filmes de gênero;
9)apenas formato 35mm;
10) o diretor não deve ser creditado.

Duas pequenas conclusões:
A onda do momento no mundo dos cinemas, t r i l o g i a. Por que só fazer um quando se pode fazer três?
Quem experimentou as maravilhas tecnológicas do cinema não esquece jamais.

O grande vencedor foi Elephant de Gus Van Sant que me parece ser uma repetição da formula “Kids” visto que o mesmo foi produtor executivo da infortúnia perola cinematográfica.



domingo, maio 25, 2003

Muitos desenhos, quadros para terminar.
Reuniões, discussões, idéias e mais idéias.
Telefonemas estranhos.
Músicas: J. Pizzarelli, Carmen Mcrae, Max de Castro...
Vida no campo: carrapato, insetos voadores e vontade de voltar pra casa.
Livro: “Lógica do Sentido” Gilles Deleuze. "Deleuze procura estabelecer uma teoria do sentido a partir da obra de Lewis Carroll ..."
Lewis Carroll sempre foi uma figura fascinante, com uma vida misteriosa e enigmática. Escritor, poeta, fotógrafo e diácono da Igreja Anglicana.
Suas obras mais conhecidas são: Alice no país das maravilhas e Através do espelho.
Tinha profunda paixão por meninas entre 8 e 12 anos e odiava crianças do sexo masculino.
Permaneceu solteiro a vida toda. Algumas pessoas defendem a teoria de que ele seria a verdadeira identidade de “Jack o Estripador”.
Seu nome verdadeiro, Charles Lutwidge Dodgson.
Escreveu livros de álgebra, geometria e matemática. É considerado o maior mestre do nonsense vitoriano.
Alice realmente existiu e por várias vezes foi fotografada por ele, sua obra mais conhecida é dedicada à garota.


Alice Liddell fotografada por Carroll


segunda-feira, maio 05, 2003

Viva Waly Salomão



Filho de pai sírio e mãe baiana, Waly Salomão nasceu em Jequié, na Bahia, e nos anos 60 aproximou-se de artistas que se identificaram com o movimento tropicalista, como Torquato Neto, Gal Costa, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gil e Jards Macalé. No entanto, Salomão nunca se identificou como integrante do movimento estético tropicalista. Poeta e letrista — além de produtor cultural e diretor artístico —, é co-autor de músicas como "Mel" e "Talismã", ambas com Caetano e que viraram título dos discos de Maria Bethânia de 1979 (ultrapassando a marca de 1 milhão de cópias) e 1980, "Anjo Exterminado" (com Macalé, também título do disco de Bethânia de 72), "Mal Secreto" (com Macalé), "Assaltaram a Gramática" (com Lulu Santos, grande sucesso dos Paralamas), "Balada de um Vagabundo" (com Roberto Frejat, gravada por Cazuza), "Pista de Dança" (com Adriana Calcanhotto, gravada pela própria em "Marítimo") e "Vapor Barato" (com Jards Macalé), composta em 1968 e gravada por Gal Costa no disco "Fa-tal" em 1972, que voltou a fazer sucesso em 1995 na trilha sonora do filme "Terra Estrangeira". Ainda na década de 70 desenvolveu a "Morbeza (morbidez + beleza) Romântica", linha pela qual Jards Macalé lançou o disco "Aprender a Nadar". O espetáculo "Fa-tal", marco na carreira de Gal, foi dirigido por Waly. Lançou seu primeiro livro do poemas em 1971, "Me Segura que Eu Vou Dar um Troço", com textos escritos durante uma temporada passada na prisão, paginados e diagramados pelo artista plástico Hélio Oiticica, amigo de toda a vida e de quem escreveu a biografia, "Qual É o Parangolé". No ano seguinte participou da organização e edição de "Os Últimos Dias de Paupéria", coletânea de artigos do poeta e amigo Torquato Neto, morto em 1972. Junto com Torquato fez a revista "Navilouca", que só teve um número mas fez história. Nessa época, passou a assinar como Wally Sailormoon, pseudônimo que logo abandonou. Outros de seus livros foram "Gigolô de Bibelôs", "Surrupiador de Souvenirs", "Algaravias", "Lábia" e "Tarifa de Embarque", lançado em 2000.
texto retirado do site www.uol.com.br

Monet e Manet
Parece que chegou o outono. O fim de semana começou na quinta com o feriado: chuva fina, Max de Castro +Otto+Tom Zé, cólica, pouco desenho e muita leitura embaixo do cobertor porque está terrivelmente frio.
O show foi realmente muito bom, depois escrevo um post sobre ele porque hoje meu cérebro insiste em falar de Monet e Manet.
Às vezes tenho dessas coisas, uma palavra, uma frase, uma música quando cisma de entrar no meu cérebro só sai de lá quando sente vontade. Já me acostumei, embora eu fique um pouco preocupada.
Certa vez fui viajar com algumas amigas para uma cidade do interior e quando entrei na casa a primeira coisa que me veio à mente foi: “Dona Ilda”, eu fiquei louca porque não conseguia mais parar de pensar nisso, e toda hora que meu cérebro não tinha no que pensar pensava na danada da Dona Ilda e foi o final de semana todo assim (Dona Ilda morava na frente da minha casa e já morreu há uns bons 15 anos, era uma velhinha simpática, miúda e de cabelos brancos). Cheguei até a pensar que ela queria se comunicar e me revelar algum segredo do além, mas o pensamento de repente sumiu, enfim...

Melhor eu escrever logo sobre Monet e Manet, quem sabe assim consigo expulsá-los também.
Mesmo depois de história da arte I II III e IV ainda preciso fazer um esforço mental grande para saber quem era quem. Sempre os confundo.
Monet e Manet. Um era Claude, o outro Edouard, o primeiro impressionista e o segundo pós, ambos eram franceses. O Tanque das Ninféias, A Estação de Saint-Lazare, Impressão, Sol Nascente e Nenúfares, são alguns dos quadros pintados por Monet, já Um Bar no Folies Bergère, O Tocador de Pífaro e Almoço na Relva são os mais conhecidos quadros de Manet. Não consigo me lembrar de mais nada, será isso suficiente para os dois irem embora?

Ah! O Nego do Cabelo Bom é uma das minhas músicas preferidas. Max de Castro mandou muito bem.

quarta-feira, abril 30, 2003

Confissões de uma ladra
Não me lembro ao certo que ano era, mas me lembro que era época de copa do mundo e eu ainda estava na faculdade.
Eu nunca fui uma devoradora de livros do tipo que lê compulsivamente, mas naquele tempo eu lia bastante, muito mais que hoje, enfim ...
Eu estava lendo Marnie, um livro do autor inglês Winston Graham (que mais tarde virou filme dirigido por Alfred Hitchcock), um suspense desses clássicos.
O fato é que eu não conseguia mais largar o livro, e o levava comigo para todos os lugares, lia sempre que tinha um tempo livre.
Eu precisava ir fazer minha matrícula para o próximo semestre e o jogo do Brasil naquela tarde tinha feito praticamente a cidade parar.
Minha mãe foi então me levar até a faculdade. Muito displicente peguei o livro e fui lendo por todo o caminho, estava num capítulo crucial, quando Marnie é finalmente desmascarada, e precisava saber o que ia acontecer.
Chegando lá, fiz a matrícula com a chata secretária, depois passamos por alguns lugares e pronto, finalmente voltamos para casa.
O jogo estava insuportável e como não havia mais ninguém que partilhasse desse sentimento corri então pra pegar o livro.
Procura no carro, no quarto, na casa toda e: “Oh livro sumiuuuuuuuuu...”
Eu estava enlouquecida eu precisava saber o final daquela história e comecei a refazer mentalmente toda a trajetória do dia para saber aonde eu o tinha esquecido, tudo em vão.
Foram meses pensando como acabava aquela história, e muitos outros sem conseguir ler nenhum outro livro. Uma ida até a biblioteca pública e nada.
Dois anos mais tarde...
Vou descendo as escadas da faculdade em direção ao xerox, era tarde da noite e eu estava fazendo uma matéria chatíssima que estava pendente, eu já havia tentado fazer por 2 vezes e sempre acabava desistindo.
No xerox uma pequena fila, encostada no canto da sala uma escrivaninha sem uso, foi então que resolvi me sentar ali para esperar.
Estava separando as apostilas que precisava quando de relance passo o olho pela escrivaninha e no lugar onde deveria haver uma gaveta...
“Meuuuuuuuuuuuuuuuuuu livroooooooo....”
Eu mal podia acreditar, meu coração queria sair pela boca, e no mesmo instante conclui: claro que eu havia deixado ele em cima da tal escrivaninha na hora da matrícula, logo pensei que o gosto literário dos funcionários da faculdade não devia ser dos melhores, afinal um livro tão bom ter durado ali por tanto tempo. Eu estava decidida a recuperar aquilo que me pertencia.
Cheguei a pensar na hipótese de comunicar que o livro era meu e contar toda a história, mais quem acreditaria passado tanto tempo. Poderiam ainda argumentar que existem milhões de livros iguais e que a possibilidade de aquele ser exatamente o meu era muito pequena, então eu desisti.
Enfim só me restava uma alternativa: roubar meu próprio livro.
Eu me sentia a verdadeira Marnie (a ladra sem coração) como se a minha história com aquele livro também de alguma forma houvesse se transformado em um grande suspense.
A fila do xerox diminuía e era preciso um plano mirabolante bem rápido, então eu bem lentamente me abaixei, peguei o livro e coloquei embaixo da blusa, a mão suava frio. Coloquei a pasta de encontro ao corpo para firmar e como uma histérica, levantei.
As cenas que se seguiram foram: todas as apostilas jogadas em cima do rapaz do xerox, uma louca correndo pela faculdade, os olhos esbugalhados, o coração acelerado...
“Será que alguém viu ???, tomara que não, tomara que não tenham visto”
Corri até o carro, e como um bom tempo já havia se passado eu já tinha até tirado carteira. Abri a porta e pronto, escondi o livro embaixo do banco.
Um discurso pronto na cabeça caso fosse acusada por roubo é uma vontade enorme de voltar para casa para ler o tão esperado final, recomposta voltei ao xerox.
“Apostila de Estética II, por favor”.
De volta a cena do crime, Marnie sorri o mais cínico dos sorrisos, de alma lavada e uma grande sensação de vitória.

Isso me faz lembrar um sujeito que passou anos querendo saber o final de Jennifer 8, eu realmente me solidarizo com esse tipo de problema.


segunda-feira, abril 21, 2003


Gina Garan


"garden party three" foto do site: www.thisisblythe.com









segunda-feira, abril 07, 2003

Muita coisa acontecendo, pouco tempo pra escrever ...
Ando tão cansada e tão ocupada ultimamente que pouco tempo tem sobrado para escrever. Não tenho dado conta de fazer tudo que preciso, mas isso já não é novidade. Um amor perdido, alguns amigos voltando, um projeto legal, uma festa para acontecer, desenho, fotografia, encontros no bar, idéias borbulhando e muita ansiedade. Hoje parei um pouco pra escrever aqui porque nos domingo a noite eu não consigo mesmo dormir.

Dois ...
2 cds e uma mesma cantora, Carmem McRae: New York State OF Mind / Sings Lover Man and Other
2 sites que sempre acesso: www.ejazz.com.br / www.orlan.net
2 dos melhores livros que já li: O Apanhador No Campo De Centeio / Marnie
2 filmes do Hitchcock: Um Corpo Que Cai / Festim Diabólico
2 desenhos antigos que tenho saudade: Super Tiras / Snorks
2 artistas polêmicos: Andres Serrano / Sofie Calle

terça-feira, março 25, 2003

A história do perfume ...
Detesto perfumes fortes e doces, sempre acreditei que um bom sabonete substitui muito bem qualquer um, embora reconheça que quando bem escolhido e usado na quantidade certa este tem o seu charme.
Eu devia ter uns 13 anos, mas me lembro como se fosse ontem. Era uma sexta-feira e ia ter uma festa no clube, eu estava muito animada e ansiosa, naquela época não era sempre que podia sair com as amigas (não à noite e muito menos para voltar a hora que quisesse), mas naquele dia minha mãe estava realmente concessiva.
Comecei a me arrumar: banho tomado, roupa separada em cima da cama, e um problema enorme com o cabelo, mas nada que eu não estivesse já acostumada, tudo acontecia na mais perfeita normalidade.
Eu já estava praticamente pronta, quando resolvi dar uma olhada no espelho para conferir se estava bem, sentia que faltava alguma coisa, foi então que um insight maldito me veio a mente, P E R F U M E.
Corri até o armário da minha avó. Encostado no canto estava um frasco empoeirado, com um líquido de uma cor bem amarela, no rotulo já esfarelado ainda conseguia-se ler a procedência , perfume francês. Abri e cheirei, não me parecia de todo ruim.
Sem muita experiência apertei o spray em direção ao pescoço (um erro fatal, pois não é fácil controlar a quantidade de perfume que sai) logo um jato enorme daquela coisa escorreu pelo meu pescoço inteiro. Prevendo um desastre maior fui até o banheiro e comecei a jogar água na tentativa de aliviar um pouco aquele cheiro.
Com o passar do tempo você acaba se acostumando com um cheiro muito forte e passa a não senti-lo mais, porém o cheiro não deixa de existir, foi o que aconteceu.
Cheguei na festa eu já tinha me esquecido completamente do perfume e estava realmente me divertindo, mas mesmo assim alguma coisa estava me incomodando, só não conseguia saber o que era.
Começou com uma pequena dor de cabeça, que foi aumentando até se tornar uma dor insuportável e lá pelas tantas:

“Putz, tem alguém usando um perfume insuportável, vocês estão sentindo?”

Passei então a procurar o dono daquela fedentina toda, como uma neurótica . Eu não conseguia mais parar de pensar e de reclamar do cheiro, uma pequena obsessão tomou conta de mim:

“Gente, tem alguém me perseguindo e está com um cheiro muito ruim, todo lugar que eu vou lá está o cheiro, não estou agüentando mais.”

“Vocês não estão sentindo. Chega aqui perto que dá pra sentir, quem será que é?”

A essa altura minha cabeça estava quase explodindo e como não conseguia mais aproveitar a festa, resolvi voltar para casa, amaldiçoando aquele fedorento (no caso fedorenta) que tinha acabado com minha noite.
Eis que quando chego em casa, ao abrir o portão bate um ventinho leve

“Aiiiiiii, sou eu a fedorentaaa, não acredito.”

Então, foi como se um flash passasse na minha frente dando total ênfase ao esquecido perfume francês da vovó.
Me senti a pior das espécies sem contar a horrível dor de cabeça que ainda continuava. Corri para o chuveiro para me livrar de vez daquele cheiro horroroso.
Dizem que é do sofrimento que se aprende, isso eu já não sei. Só sei que no final daquela noite eu havia chegado a grandes conclusões:
Nunca usar o perfume de avó alguma, pois corre-se o risco de aquele perfume ter quase a mesma idade que ela. O cheiro do perfume pode ser alterado conforme a quantidade que se usa. Se o frasco estiver empoeirado é porque ninguém usa, logo se constata que o perfume não presta. Perfumes de cor amarelo “urina” são os piores e jamais em hipótese alguma reclame de um cheiro estranho sem antes constatar que ele não vem de você.

Um perfume equivocado pode realmente estragar uma noite.


domingo, março 23, 2003

A semana ...
Semana da salada
Início da guerra
Tentativas frustradas de ir fazer um exame de sangue
Comida japonesa
Muita mp3
Bar na quinta feira
Boas idéias e muita risada
Longos telefonemas
E-mails estranhos
Laboratório de fotografia quase pronto
Barulhos de tiro na madrugada
Snoopy na TV
Enfim: “O Sofá da Dorothéia”
Cabelo novo
Bom humor
Ainda aprendi (ou não) que um jogador de futebol só pode levar 2 cartões amarelo por partida, no segundo amarelo recebe automaticamente um cartão vermelho sendo expulso. Desde quando isso tem lógica?.
Um filme muito ruim: O Mistério Da Libélula (Dragonfly). Kevin Costner, um médico atormentado pela morte da esposa, passa a acreditar que esta tenta se comunicar com ele através de crianças e estranhos sinais. Filme chato e previsível, a direção fica por conta de Tom Shadyac, o mesmo diretor de Pach Adams, O Mentiroso e O Professor Aloprado. Melhor guardar este nome pra nunca mais assistir nenhum filme dirigido por ele, diretor medíocre tentando fazer filme de verdade, não há nada pior que isso.



sábado, março 15, 2003

Fotografia...
Nan Goldin


Nan Goldin "Self-Portrait with Brian" 1983

Link:
Sob o Signo de Paglia

Ouvindo Portishead: Glory Box

sexta-feira, março 14, 2003

Filósofos em 90 minutos.
Há algum tempo foi lançado essa série de livros, cada um dedicado a um grande e importante filósofo. São ao todo 18, muito bem editados.
Confúcio, Sócrates, Platão, Aristóteles, Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, Maquiavel, Descartes, Spinoza, Locke, Hume, Kant, Hegel, Schopenhauer, kierkegaard, Nietzsche, Witgenstein e Sartre
Descobri perdidos em um armário aqui em casa, são pequenos e fáceis de carregar. É o tipo de leitura legal para aquelas horas em que não se pode fazer nada a não ser esperar (ônibus, fila de banco ou na sala de espera do dentista).
Cada livro trás uma introdução, posfácio, citações e cronologias, tudo em um texto rápido e de fácil entendimento. Resta lembrar que é apenas uma introdução ao pensamento de cada um, um bom começo pra quem mais tarde quiser se aprofundar.


quarta-feira, março 12, 2003

Meu irmão
Meu irmão é um sujeito ímpar, do tipo que não se consegue ser imparcial a seu respeito.
Desde criança me acostumei aquela figura estranha ao meu lado e lá se vão quase 24 anos.
Quando pequeno preferia os livros a brinquedos, nunca gostou de futebol e tinha a mania de desmontar qualquer eletrodoméstico que encontrasse “dando sopa” a sua frente.
Brigávamos muito, e como: eram tapas, chutes e pontapés, perco a conta de quantos copos de Nescau derramou na minha cabeça.

Meu irmão é um sujeito ímpar de sensibilidade que poucas vezes vi em alguém. Gosta de artes, música erudita, chá e qualquer quinquilharia a que se possa chamar de antiguidade.
Nas férias, gostávamos de ficar conversando até o dia amanhecer. Muitas vezes o barulho e o riso alto nos denunciava e logo após levar um pito tinhamos que ir para a cama, com uma vontade louca de continuar a conversa.
Me lembro da briga de lixo com as vizinhas, dos teatros de papel e luz que fazíamos na garagem e das músicas que cantávamos no carro durante as viagens com o resto da família.

Meu irmão é um sujeito ímpar, inteligente como ele não conheço. Fala de qualquer assunto que se possa imaginar em português, inglês e francês e se houver oportunidade até em espanhol é capaz ele falar.
Sempre tirou boas notas e sabe de cor parágrafos inteiros dos seus livros preferidos.

Meu irmão é um sujeito ímpar, pessoa difícil de se conviver. Gosta de deitar em cima da gente e ocupar quase a cama toda, adora provocar as pessoas, usar a toalha dos outros e deixá-la molhada no banheiro.
É capaz de devorar uma boa compra de supermercado em questão de segundos e para tirar uma pessoa do sério não precisa mais que isso também.
Gosta de teorias que esquece de praticar, e faz questão de te lembrar todas as suas limitações e defeitos quando você menos precisa que ele o faça.

Meu irmão é um sujeito ímpar, e vai embora daqui a poucos dias. E logo eu que estava tão feliz: vou "herdar" o quarto, os equipamentos eletrônicos e o carro agora me sinto assustada, porque não sei como vai ser a vida sem ele.
Estou com o coração apertado porque ao me lembrar da pessoa mais chata que já conheci, me lembro também da mais adorável, da gargalhada estridente que me faz rir toda vez que a escuto, das conversas longas, que agora não terei mais.

Meu irmão é um sujeito ímpar e sempre esteve ao meu lado quando dele precisei: me carregou até a enfermaria quando cortei o pé na garrafa escondida na piscina, dormiu ao meu lado e me consolou, mesmo sem muito jeito quando eu chorei de susto e de medo por causa da primeira menstruação e quando acordei na enfermaria do João XXIII, foi ele a primeira pessoa que vi.

A vida é mesmo engraçada, e vai nos separar logo agora. Agora que consigo ama-lo com seus defeitos e qualidades, que gosto das conversas durante o almoço e e também quando deitados no quarto, ele insistindo em deitar a cabeça em mim e eu relutando em não deixar, quando sinto que seria muito melhor se ele fosse ficar.
Eu e meu irmão somos como gato e cachorro, mas uma certa cumplicidade sempre nos uniu.
Vou sentir muita saudade desse sujeito ímpar que é o meu irmão.

segunda-feira, março 10, 2003

Então...
Se desfazer de pessoas não é tarefa fácil, mas estou deletando, limpando e jogando fora tudo que não serve mais para mim.
Há muito venho tentando e não consigo, as pessoas vão tomando tamanha importância em nossas vidas e quando nos damos conta já perdemos o controle.
Não quero mais isso.
Chega de relacionamentos falidos.
Chega de lirismo que não é libertação.
Acho que estou tendo uma crise adolescente tardia

Filmes no final de semana:
Quarto Do Pânico (Panic Room) 2001 EUA direção: David Fincher
Pelle O Conquistador (Pelle Erobreren) 1987 Suécia direção: Bille August
Uma Simples Formalidade (Una Pura Formalità) 1994 Itália/França direção: Giuseppe Tornatore


domingo, março 09, 2003

Leitura dinâmica :)
As letras parecem dançar balé. Um vai e vem que me deixa tonta.
Leio uma, duas, três vezes é preciso me concentrar.
Elas não colaboram e não sossegam nem um pouquinho
As letras vão se transformando em outras, o texto vai ficando sem sentido, nh lh il ai... quanta confusão.
“ O que é isso...?”
“Putz, preciso ler outra vez ...”
“Droga perdi o contexto, agora é começar do início e me concentrar bastante, dessa vez vai.”
Dividida se torna divina
Contestação, constelação
Ler em voz alta, nem pensar.
Porque aí começam as casilhas, coenhos, istingante uma infinidade de palavras criadas, tudo muito original e muito sem sentido.
Analfabeta de pai e mãe, disléxica desde o primeiro livrinho.


sábado, março 08, 2003

Viva as mulheres de verdade...

sexta-feira, março 07, 2003

Alegria de pobre dura pouco ...
Há séculos venho tentando comprar um VHS ou DVD do Snoopy visto que nas locadoras já não se encontram mais.
"- É desenho velho, difícil você encontrar."
Snoopy é disparado meu desenho preferido, existencialista como ele só.
Há algum tempo ainda tinha a sorte de assisti-lo no Nicklodeon, porém passava muito cedo, e posso contar nos dedos os dias em que acordei antes das 8:00 da manhã, enfim ...
Após muito insistir na busca, achei um VHS à venda. Mal podia acreditar, pois já havia tentando em quase todas as grandes lojas de venda pela internet e nada.
Eram apenas 30 minutos de filme, que me custariam 12,30 reais + as taxas de correio.
Não pensei duas vezes e corri pra buscar o cartão de crédito, com aquele sorriso largo no rosto e me sentindo a pessoa mais feliz do mundo, pelo menos naquele momento.
Isso tudo por 30 minutos do melhor desenho que já existiu, e que com a fita na mão se transformariam em horas e horas de diversão e alegria.
Efetuada a compra e confirmado o meu crédito no cartão bancário, só me restava aguardar. De 2 a 3 dias, garantia a loja.
Hoje finalmente a fita chegou, um misto de alegria e satisfação rapidamente tomou conta de mim. Arrumei a sala então para o meu deleite pessoal: as cortinas fechadas me garantiam que aqueles reflexos incômodos do sol não iriam me atrapalhar, pipoca, refrigerante e um arzinho bom na nuca vindo do ventilador barulhento, era só dar o play e pronto.
Aqui começa a grande derrocada.
Aí que tristeza, que decepção antes não tivesse dado o play, antes não tivesse nem achado a fita para comprar. O sorriso no rosto havia se transformado em segundos. Logo havia constatado:
Imagem péssima
Som muito baixo, pra ouvir algo era preciso colocar no último volume, cheio de chiados
E pra minha grande tristeza, os personagem não eram dublados como os conhecidos. Aquela voz melancólica do Charlie Brown havia sido trocada por um misto de voz de locutor de rádio AM e galã de novela mexicana.
Era o fim, não consegui assistir nem por mais 5 minutos.
Meu desenho preferido havia se transformado em um grande pesadelo, pesadelo made in Paraguai, a se julgar pela qualidade da fita.
Logo pensei na gargalhada larga e sem fim do meu irmão, do deboche e das piadas que ainda terei que ouvir.
Só me resta agradecer ao pessoal da somlivre.com, por transformar o meu desenho preferido em profunda decepção.


quinta-feira, março 06, 2003

Livros na prateleira pra terminar de ler
Exames médicos que nunca fiz
Alguns telefonemas
Remédios que parei de tomar
Cursos que não me serviram de nada, nunca pratiquei.
Quadros pra pintar
Desenhos inacabados
Diploma da faculdade pra buscar
Milhões de coisas para fazer

E uma única conclusão: eu nunca termino nada que começo.

quarta-feira, março 05, 2003


Vinícius De Moraes
Marcha de Quarta-feira de Cinzas

Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou.

Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri, se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor.


E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade...


A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar.


Porque são tantas coisas azuis
Há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe...


Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz.

terça-feira, março 04, 2003

Filmes no Carnaval
Tive um carnaval bem tranqüilo: filmes, desenhos, muita música, coisas pra organizar, lavar o carro, levar o cão no veterinário, enfim ... A cidade completamente vazia e a casa também.
Não sou do tipo que odeia carnaval, até gosto do clima e a preocupação das pessoas em ter que se divertir especialmente nessa época me diverte. Diversão com dia e hora marcada.
Filmes:
Vida Boêmia (Lush Life) 1994 EUA direção: Michael Elias
Inventor De Ilusões (king Of The Hill) 1993 EUA direção: Steve Soderbergh
Barry Lyndon (Barry Lyndon) 1975 Grã-Bretanha direção: Stanley Kubrick
Coca-Cola Kid (The Coca-Cola Kid) 1985 Austrália direção: Dusan Makavejev
Os 92 Minutos do Sr. Baum (The 92 Minutes of Mr.Baum) 1997 Israel direção: Assi Dayan

sábado, março 01, 2003

Nunca se arrependa do que fez e sim do que deixou de fazer.
Não sei, mas essa frase edificante muito comum em livros de estímulo pessoal, revistas para adolescentes e livros de auto ajuda, me parece tão tola como quem nela crê.
Acreditar nisso, só serve como consolo pra quem prefere minimizar os próprios erros.
Sinceramente não existe nada pior que ter que consertar uma bela cagada. E eu me arrependo mesmo é das coisas que fiz.
A gente deve se arrepender é do que faz, porque viver é escrever por linhas tortas, sem direito a borracha.


Ouvindo: Red Hot Chili Peppers - Blood Sugar Sex Magic1991: A capa é feia e desanimadora, mais o cd todo é muito bom:
Funky Monks, I Could Have Lied são minhas preferidas, além das clássicas: Suck My Kiss, Give It Away e Under the Bridge


sexta-feira, fevereiro 28, 2003


Últimos Filmes
Rose Red A Casa Adormecida (Stephen King’s Rose Red) 2000 Inglaterra/França direção:Craig R.Baxley
Delicatessen (Delicatessen) 1990 França direção: Jean Pierre Jeunet
Bird (Bird) 1988 EUA direção: Clint Eastwood
Feios, Sujos e Malvados (Brutti, Sporchi e Cattivi) 1976 Itália direção: Ettore Scola

Pra quem gosta de fotografia

http://www.masters-of-photography.com

Quem gosta e estuda fotografia certamente já ouviu falar na maioria dos fotógrafos que estão catalogados, são os melhores.
Meus preferidos são: Diane Arbus, E.J. Bellocq, Gyula Halász Brassaï, Robert Mapplethorpe, Alexander Rodchenko, Cindy Sherman e Arthur Fellig (Weegee).


Cindy Sherman Untitled Film Still #7
1978

quinta-feira, fevereiro 27, 2003


quarta-feira, setembro 11, 2002

September 11
Agora todo ano será assim, uma avalanche de patriotismo Norte Americano invadirá nossos jornais e televisões a cada 11 de setembro. Veremos novamente as cenas dos aviões chocando-se com as torres, em ângulos diferentes e imagens inéditas, e calados assistiremos mais uma vez os americanos homenagearem seus mortos.
Todos heróis, os bombeiros, os mortos, os voluntários. Sim, os americanos são incríveis. Incríveis, limitados, egocêntricos e vergonhosamente covardes. Conseguiram transformar a tragédia em um belo show de patriotismo, um show muito comovente.
George W Bush o questionável texano passou de vilão a bandido. Atacou o Afeganistão, destruiu a cidade e sua vingança foi chamada de "Guerra contra os Terroristas", transformou a vingança e o ódio do país ferido em uma causa nobre. O próximo alvo, o Iraque, velho inimigo.
A causa dos ataques: o orgulho ferido, a sede de vingança e a necessidade de auto-afirmação. Os americanos querem mostrar ao mundo quem realmente manda. A justificativa não seria outra senão o altruísmo norte americano, preocupado com a paz e a harmonia mundial. A máscara do herói não pode cair.
Segue abaixo um texto retirado do site www.globo.com.

WASHINGTON - O ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela fez nesta quarta-feira um dos mais duros ataques à política externa da Casa Branca e aos planos dos EUA de atacar o regime de Saddam Hussein no Iraque. Mandela, um dos estadistas mais respeitados do mundo, afirmou que a intervenção americana no Oriente Médio é uma 'ameaça à paz mundial'. Em entrevista à revista americana 'Newsweek', Mandela voltou a exortar o governo americano à não lançar um ataque ao Iraque, acusando o presidente George W. Bush de tentar agradar as indústrias de armas e petróleo dos EUA.
'Se você olhar esses assuntos, vai chegar à conclusão de que a atitude dos EUA é uma ameaça à paz mundial. É claramente uma decisão motivada pelo desejo de George W. Bush de agradar as indústrias de armas e petróleo dos EUA', disse ele em referência aos planos de ataque ao Iraque.
Mandela disse também que não existem provas contra o Iraque na questão de armas de destruição em massa. 'Não sabemos que o Iraque tenha armas de destruição de massa. O que sei é que Israel tem e ninguém fala nada sobre isso', completou.
Cheney - Em um dos momentos mais veementes da entrevista, Mandela, de 84 anos, chamou alguns dos assessorem de Bush de 'dinossauros'. De acordo com o sul-africano, Cheney é responsável pela posição 'nada moderna' de Bush. Mandela fez ainda questão de dizer que só tem respeito por Colin Powell.
Ele lembrou que o apoio dos EUA ao golpe que levou ao poder o xá Reza Pahlevi ao governo do Irã, em 1953, terminou deflagrando a Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Ali Ruhollah Khomeini em 1979. O ex-presidente sul-africano lembrou ainda na entrevista que os EUA apoiaram os mujahideen (guerreiros sagrados) na luta contra a União Soviética no Afeganistão na década de 80 - entre eles o terrorista Osama bin Laden. Além disso, Mandela acusou os EUA a recusar agir com as Nações Unidas depois que a retirada soviética do país levou à subida do Talibã.

segunda-feira, setembro 09, 2002

Velha poesia Concreta

beba coca cola
babe cola
beba coca
babe cola caco
caco
cola
c l o a c a

"beba coca cola" (1957), Décio Pignatari

domingo, setembro 08, 2002

Filmes filmes e mais filmes...
Esse foi um fim de semana de muitos filmes, fez muito frio o que colabora ainda mais para a minha fase anti-social eterna, não saí debaixo do cobertor.
Filmes:
O Fabuloso destino de Amélie Poulain (Le Fabuleux Destin d'Ámélie Poulain") França/Alemanha 2001 direção: Jean-Pierre Jeunet.
Nove Rainhas (Nueve Reinas) Argentina 2000 direção: Fabián Bielinsky.
O Olho do Diabo (Djävulens öga) Suécia 1960 direção: Ingmar Bergman.
Cubo (Cube) Canadá 1997 direção: Vicenzo Natali.
Muito Além Do Jardim (Being There) EUA 1979 direção: Hal Ashby.
Mamãe Faz 100 Anos (Mamá Cumple Cien Años) Espanha 1980 direção: Carlos Saura.

sábado, setembro 07, 2002

MPB
Não gosto muito de MPB (música popular brasileira), não gosto de Caetano Veloso e acho chatíssimo esse culto eterno à Bossa Nova. Mais esses dois cds são muitos bons, tudo isso pra que? Pra eu pagar a língua.

Elza Soares “do cóccix até o pescoço”: o cd é muito bom, a começar pela capa que é linda. As melhores faixas são: Dura na Queda, Dor de cotovelo, Bambino e A Carne. Uma pergunta não me sai da cabeça Elza Soares ou Michael Jackson, quem teria feito mais plásticas? Eita perguntinha difícil.
Gal Costa “Acústico MTV”: é fato conhecido de todos que apenas os artistas em decadência profissional fazem os cds acústicos da MTV, acho que com Gal costa não foi diferente. Equivocada politicamente, promoveu uma campanha de apóio contra a cassação do mandato de ACM. Realmente acredito que Gal Costa deve se limitar a abrir a boca apenas para cantar. As melhores faixas do cd são: Coração Vagabundo, Não identificado, Só Louco, Sua Estupidez, Camisa Amarela e Vapor Barato. Música completamente dispensável no cd: London London, não há registro de uma música mais chata que essa, eu desconheço.



sexta-feira, setembro 06, 2002

É preciso conhecer Frida Kahlo
"Eu pinto-me porque estou muitas vezes sozinha e porque
sou o assunto que conheço melhor" F.Kahlo



quinta-feira, setembro 05, 2002

Não espere nada diferente em “Ken Park”, isso seria pedir demais
Novo filme do diretor de "Kids" escandaliza Festival de Veneza Por Shasta Darlington
VENEZA (Reuters) - O filme "Ken Park", do diretor Larry Clark, provocou escândalo no Festival de Veneza com suas chocantes cenas de sexo explícito, incesto e atos eróticos, afastando a atenção da mídia das estréias que acontecem na 59a edição do evento na cidade.
A história de quatro famílias em Visalia, reduto dos praticantes de skateboarding na Califórnia, foi exibida na competição de produções experimentais do festival e contém uma série de cenas que até mesmo seus participantes admitem que são pesadas demais até mesmo para a classificação mais rígida.
"Sexo e orgias: explode o escândalo 'Ken Park"', anunciou na quarta-feira o jornal local Il Gazzettino, depois da exibição do longa em pré-estréia.
"Entre as cenas que causaram o maior impacto figura uma de sexo oral entre uma mulher madura e um garoto menor de idade", diz o jornal.
"Ken Park" foi co-dirigido por Clark -- responsável pelo polêmico "Kids", de 1995, sobre sexo e drogas entre adolescentes -- e pelo renomado fotógrafo Ed Lachman, do premiado "Erin Brockovich", de Steven Soderbergh, e de "Far From Heaven", de Todd Haynes, que também concorre no Festival de Veneza.
Larry Clark não hesitou em mostrar tudo em "Ken Park". Comentando seu novo trabalho, ele disse recentemente: "Resolvi mostrar tudo. Para cada vagina, há um pênis".
O diretor disse que seu filme não é pornográfico, mas "honesto", e que ele revela o tipo de coisa que acontece na vida real, mas sobre a qual ninguém fala.
Tiffany Limos, 22 anos, que, no filme, representa uma garota de 16 anos chamada Peaches, disse ao The New York Observer:
"É muito além da classificação X (reservada aos filmes de teor sexual ou chulo forte). É muito além de qualquer coisa que você já viu".

Texto retirado do site:www.msn.com.br


Kids é a versão do seriado "Malhação" para o público teen underground. Cenas de sexo, drogas e violência? Convenhamos não há muita criatividade nisso. Acho que diretores como Larry Clark, deveriam ser contratados pela MTV para a criação de suas vinhetas, tudo muito direto e sem rodeios, muito na cara, muito clichê.
O genial é conseguir chocar (se essa for à intenção) sem usar cenas de sexo, drogas e violência, os caminhos fáceis e óbvios.
Viva a sutileza e a subjetividade. É preciso fazer pensar.

quarta-feira, setembro 04, 2002

Vinte e três
Há exatos 23 anos, precisamente às 8:05 da manhã nascia Valentina Loxy.
Nada de grandes comemorações e festas, hoje foi um dia comum, mais estranhamente me senti um tanto quanto feliz.
Acordei com meus pais no quarto me desejando um bom dia e felicidades, pensei em algo poético e emotivo para falar mais estava com muito sono e só consegui responder: obrigada por terem me feito, acho que consegui demonstrar minha gratidão. Logo voltei a dormir.
O dia foi tranqüilo, acordei e fui ao espelho conferir se o peso da idade havia caído sobre meu corpo, contei os fios brancos que insistem em já aparecer no cabelo e estava tudo igualzinho ao dia anterior.
Almocei com minha avó e de tarde assisti um pouco de tv. À noite tive aula e por isso não consegui encontrar com meus amigos. Quando cheguei falei com as pessoas queridas e importantes, o que me deixou muito feliz.
Ainda me sinto estranha quando penso em 23 anos, daqui a pouco me acostumo com a idéia.

domingo, setembro 01, 2002

Rose Selavy




Alter ego do artista francês Marcel Duchamp. Rose Selavy uma brincadeira com a frase francesa Eros c’est la vie, aqui fotografada por Man Ray. Dois grandes artistas, gênios dadaístas.

sábado, agosto 31, 2002

Rio de Janeiro ganhará uma versão da Love Parade alemã?
Espero que sim. Algumas vagas informações garantem que em janeiro de 2003 a cidade “Maravilhosa” receberá o maior evento de música eletrônica realizado no Brasil até então.
Especula-se que 30 trios elétricos com alguns dos melhores Djs do mundo tomarão conta da avenida Atlântica.
O realizador do evento? Ricardo Medina, o mesmo do rock in rio, só espero que o patrocinador não seja o mesmo (America On Line e suas propagandas pré-adolescentes, eu dispenso, sem contar os milhões de cds de acesso gratuito que chegariam às nossas casas novamente).
Vale a pena apostar e ir se preparando para ir conferir o evento de perto e se não acontecer, você pelo menos juntou um dinheiro a mais para curtir as férias de verão, longe do Rio de Janeiro é claro, porque aquilo lá anda pior que “a casa da mãe Joana”.

sexta-feira, agosto 30, 2002

Dois filmes bem diferentes e um só tema: fotografia.

Os Olhos de Laura Mars (The Eyes of Laura Mars) 1978 direção de Irvin Kershnei.
Os Olhos de Laura Mars é um ótimo filme para quem não gosta de cinema de qualidade.
Uma fotografa de moda paranormal que consegue ver através das lentes de sua máquina bizarros assassinatos. Já não bastasse o estranho enredo o filme conta com a desastrosa participação da chatíssima Faye Dunaway. Ela simplesmente não convence, não consegue segurar a máquina direito e mantém a mesma expressão no rosto do início ao fim do filme. Todas as fotografias mostradas no filme são do genial fotografo alemão Helmut Newton.

Testemunha Ocular (Public Eye) 1992 direção de Howard Franklin.
Maravilhoso filme baseado na vida do fotojornalista Weegee.
O ano era 1945, o sol estava brilhando sobre Nova York. A maioria das pessoas estava justamente se preparando para a noite. Isto é se elas estiverem planejando sair a noite pela cidade. Nova York era um lugar cheio de clubs noturnos e after hours. Esses eram os reais eventos sociais: muito jazz e café.
Até este ponto da história Nova York era bem notória por essas atividades.
Onde as multidões estavam, lá estavam os assassinatos.
Onde estavam os assassinatos, era aonde você poderia encontrar Weegee. Ele era o único “shutterbug” capaz de chegar na cena do crime antes dos policiais. Ele foi o melhor fotografo policial que Nova York já teve.
Não se posso esquecer de mencionar a maravilhosa atuação de Joe Pesci, sensível e nada caricato ele parece realmente ter encarnado Weegee.
Louca espera...
Eu espero na fila do banco, no consultório médico, no dentista e no trânsito.
Espero o fim de semana, e quando ele chega espero por uma mesa no restaurante, espero a comida e espero pra pagar a conta.
Espero no cinema e na danceteria.
Pra ser atendida eu espero e recebo uma senha. Não me garante que serei atendida, mais me dá a certeza de que a espera vai ser demorada.
Espero ao telefone, no teatro e no supermercado.
Espero por respostas, por convites e por boas oportunidades.
Espero no 0800 quando todos os atendentes estão ocupados e enquanto espero escuto propagandas sobre as vantagens daquela empresa, a rapidez no atendimento não está incluída.
Espero no aeroporto e na rodoviária, espero por pessoas.
Espero nas lojas, no carro, e no salão.
Espero pra conseguir entrar e pra poder sair.
Espero pra comer, pra comprar, pra me divertir, espero pra conseguir chegar aos lugares, pra ir embora, eu espero sempre pela minha vez.
Ás vezes a espera é longa e tediosa, às vezes e rápida e nem vejo o tempo passar. Coisas acontecem enquanto se espera.
Espero durante minutos, horas, dias, meses e anos e sem me dar conta enquanto espero a vida passa, e eu me pergunto por mais quanto tempo ainda terei que esperar?
Para o meu consolo o ditado popular: ”Quem espera sempre alcança”.
Será? :/

quinta-feira, agosto 29, 2002

Nada Seletiva.
O alquimista, guru, compositor, ex-maluco beleza, esotérico, e nas horas vagas escritor Paulo Coelho é o mais novo Imortal da Academia Brasileira de Letras Para alguém que se diz capaz de fazer chover, tornar-se imortal não parece ser tarefa difícil.
É fato que Paulo Coelho já namorava uma vaga na Academia há tempos e que a expressiva vendagem de seus livros pode ter contribuído para a sua aceitação. Ou como ele próprio explicaria: as energias cósmicas conspiraram ao seu favor. Melhor crer nisso do que acreditar que ele tenha sido indicado pela qualidade literária de seus livros. Malditas sejam então essas tais energias cósmicas.
Quem sabe em seu próximo livro ele não nos ensine como conseguiu chegar lá, tudo em linguagem metafórica é claro. E o lançamento, lógico no salão da Academia.
Para a critica só resta ter que engolir o prepotente e exótico imortal.
A academia definitivamente já não é mais a mesma, a se julgar por seus ocupantes. Alguns eu realmente gostaria de saber o que fazem lá:
O cirurgião plástico das celebridades Ivo Pitanguy. Teria ele escrito algum livro realmente significativo entre uma visitinha à ilha de Caras e uma chegadinha a sua clinica particular? Acho difícil, os helicópteros balançam muito.
O ex-presidente José Sarney (Dizem as más línguas, e as boas também, que no Maranhão ele ainda é considerado presidente, o “Presidente Imortal”). Esse sim escreveu um livro, um livro de terror enquanto esteve à frente da política em nosso país. Congelamento dos salários, inflação exorbitante, obras superfaturadas e corrupção foram alguns dos capítulos escritos por este senhor que hoje veste seu lindo fardão nas reuniões formais da Academia.
Roberto Marinho “Deus na Terra”. Que diabos ele faz aqui? Já possui o maior canal de televisão do país e um dos maiores do mundo. Através dele consegue deturpar notícias, favorecer pessoas, derrubar inimigos ideológicos.
Lavagem cerebral em massa? Que nada, ele não precisa escrever livros para isso.
Zélia Gattai. Até que enfim uma escritora, tudo bem que ela viveu a vida toda à sombra do marido: o mais baiano dos baianos (depois de Caetano e ACM, é claro) e também escritor Jorge Amado.Tão logo esse faleceu, ela tratou de ocupar a sua cadeira, e assim continuar à sua sombra. Perpetuando a lembrança e a obra bairrista e chata do falecido marido.
O próximo a fazer parte dessa lista pode ser o entrevistador, intelectual, egocêntrico e escritor Jô Soares, este já demonstrou interesse e por várias vezes especulou uma candidatura a uma das cadeiras da Academia. Resta saber se o Ego inchado de Jô junto com a sua barriga caberá dentro do fardão.
Para a nossa sorte e alívio, Sidney Sheldon não é brasileiro.
Para ouvir
Drugstore: banda inglesa que tem como vocalista à brasileira Isabel Monteiro. Mesmo sendo considerada uma das melhores bandas indie, Drugstore ainda é pouco conhecida do grande público aqui no Brasil.
White Magic for Lovers (1998) dá nome ao primeiro álbum da banda, distribuido pela Roadrunner Records. As melhores faixas são: Mondo Cane, El presidente, que conta com a participação de Thom Yorke (radiohead) e I Know I could, que ganhou uma versão acústica no segundo álbum da banda: Songs For The Jet Set (2001) distribuído pela Trama.

Drugstore: Isabel Monteiro: vocal e baixo, Daron Robinson: vocal e guitarra, Mike Chylinsk: bateria e Ian Burdge: Cello

Para ler
O Livro de Ouro da Mitologia-História de Deuses e Heróis -Thomas Bulfinch, Ediouro.(2001)
Um ótimo livro para quem quer aprender o básico sobre mitologia. Conta a história de alguns Deuses e heróis, que são muito bem descritos. O livro é um pouco confuso, usa tanto o nome grego quanto romano para descrever o mesmo mito. Segue a resenha editorial:
“As religiões da Grécia e de Roma desapareceram, mas o legado de seus heróis e mitos está presente em diversas áreas do conhecimento atual, como nas artes e na literatura. Em “O Livro de Ouro da Mitologia”, reeditado com ilustrações, Thomas Bulfinch reconta episódios relativos a vida dos deuses e heróis que povoam o imaginário popular desde a Grécia Antiga e são citados com freqüência por poetas, ensaístas e oradores modernos. São 42 capítulos que falam sobre as aventuras de Ulisses, o velocino de ouro, as divindades rurais, entre outros. Um dos” melhores livros de referência e divulgação da mitologia, indicado em universidades de todo o mundo”.

Para Ver
Sem dúvida um dos melhores filmes que já assisti. Tudo bem que sou suspeita para falar, Jean-Pierre Jeunet é um dos meus diretores preferidos.
O nome do filme? Ladrão de Sonhos (1995), os personagens: marinheiros, 12 clones confusos, gêmeas siamesas, pulgas adestradas, ciclopes, um cérebro falante que vive em um aquário e uma garota que não envelhece. Todos eles vivendo em um universo sombrio e fantasioso. O figurino fica por conta de Jean-Paul Gaultier.

quarta-feira, agosto 28, 2002

Como diria a Samira "Diretamente da Terra Oca para a sua TV”.
Outro dia ligo a TV e pra meu espanto vejo o Conrado. Conrado, ele mesmo, aquele que era “cantor” e fazia participações especiais no programa dos trapalhões.
Que a televisão não é nada seletiva isso todo mundo já sabe, o que me impressiona é como essas pessoas conseguem ressurgir assim do nada na tentativa de alavancar uma nova carreira, isso é o que eu chamo perseverança (leia-se cara de pau).
Eu levei um susto, primeiro pela qualidade musical que não melhorou, o cara podia ter gastado o tempo fora da mídia tomando umas aulinhas de canto e composição pra se aprimorar, mais ele conseguiu ser ainda pior e segundo ele tem a mesma cara que tinha há 10 anos atrás, impressionante!!!
Bom o fato é que essas pessoas nunca envelhecem e a qualquer momento reaparecem em algum programa de televisão com um cd na mão e “fazendo shows” , pra quem eu não sei e o cd mais tarde você encontra por R$2,80 como promoção no Carrefour.
Yoko Ono meu "Beatles" preferido...

terça-feira, agosto 27, 2002

Eu ...
Eu não nasci pra brilhar, não sou gênio nem nunca serei. Não nasci pra grandes feitos nem pra ter meu nome gravado na historia. Sou gente do povo, gente anônima que não aparece na tv. Sou gente que sente, que sofre e que se emociona com pequenas coisas. Sou gente que vive a vida e sonha, sem medo.
Quero acordar de manhã com o sol esquentando meu corpo, me chamando pra vida. Quero abrir a janela e sentir o vento batendo no rosto, sem me preocupar em atrapalhar o cabelo. Quero andar pelas ruas sem rumo, mais sabendo o caminho de volta, quero ser feliz.
Quero colo quando estiver triste, e dormir abraçada nas noites frias ao lado de quem amo.Quero amigos pra jogar conversa fora e pra me apoiar nas horas difíceis.
Quero poder deitar na cama e colocar a cabeça no travesseiro e ter a certeza de que aquele dia passou, e agradecer por mais um dia de vida. Quero cachorro, gato e papagaio. Quero alguém que me ame, sem esperar nada em troca.
Quero sofrer e aprender com a dor, quero poder errar e me arrepender. Quero chorar quando sentir vontade e também poder rir, sem vergonha por alguém estar olhando. Quero casa pra voltar no final do dia e me sentir protegida.
Quero bons livros, filmes e chocolate quente. Quero poder trabalhar duro o ano todo só pra poder curtir as férias. Quero sábados e domingo, dias em que não se precisa pensar em nada.
Quero experiência de vida, maturidade do passar dos anos, serenidade e sabedoria. Quem sabe filhos e netos.
Quero saúde e só morrer bem velhinha, com a certeza de dever cumprido. Morrer num fim de tarde de outono, uma certa melancolia no ar, nem tristezas nem lamentos, apenas saudade.